Projeto da Escola Estadual Benjamim Carvalho de Oliveira leva como base a fabricação de cinco novos produtos extraídos da Uva Japão
A Escola Estadual Benjamin Carvalho de Oliveira de Ipumirim, terá representatividade na Feira Estadual de Ciência e Tecnologia e na Feira Estadual de Matemática. A dedicação de alunos e professores da escola, surpreendeu os jurados e garantiu méritos aos participantes que aprimoraram conhecimento e desenvolveram ideias criativas em ambas as disciplinas.
Destaque inovador e uma possibilidade a ser patenteada é o projeto Uva Japão, que trata sobre a biodiversidade e pode ser uma solução para os ambientalistas no processo de redução da espécie. Conhecida em quase todo o Brasil, mas com excessiva reprodução no Sudeste e Sul do Brasil, a Uva Japão passou a ser uma preocupação para o equilíbrio ambiental da flora.
Trazida da Ásia há mais de um século, a Uva Japão é uma planta que varia de 6 a 12 metros de altura. Boa para sombreamento, lenha e também usada para ornamentação em grandes espaços. Por não ter predadores e possuir nas raízes, toxinas que inibem a germinação de outras plantas, a proliferação é muito rápida e nas últimas décadas é considerada por ambientalistas, como uma planta invasora porque impossibilita a germinação de árvores nativas, desequilibrando o meio ambiente.
Contudo, da planta pode ser extraído o fruto que podem ser transformados em diversos produtos para consumo e comercialização: Esse foi o trabalho realizado pelos alunos do 2º ano juntamente com professores orientadores e coordenadores, nas aulas de biologia e no laboratório de ciências da escola.
Da fruta foi extraído o suco que virou geleia e também vinagre. Parte dos frutos foram desidratados e dele resultou o chá. As sementes foram torradas, moídas e peneiradas, resultando em farinha para a utilização em alimentos e dos resíduos da fruta que foram utilizadas na fabricação do vinagre foi extraído o substrato para utilização em hortas e plantas. Tudo isso sem retirar a planta da natureza.
O projeto de extração das frutas e sementes, consiste em utilizar a matéria-prima já existente. A retirada do fruto e principalmente da sementes, diminui o índice de proliferação da Uva Japão e com o passar dos anos, a quantidade de plantas diminui, contribuindo assim para a melhora do equilíbrio da flora e colaborando com a sustentabilidade do meio ambiente.
O projeto Uva Japão, será apresentado de 29 a 31 de outubro na Feira Estadual de Ciência e Tecnologia em Criciúma. Defendem o trabalho os alunos: Kauê Eduardo Schneider, Bernardo Albano Marquês Kunz, professor orientador, Adrian Mosele e coorientador Nelise Ballerini, Pablo Scariot e José Luiz Gris. Já a fase Estadual da Feira de Matemática, irá acontecer em Rio dos Cedros nos dias 6, 7 e 8 de novembro. Os representantes são: Murilo Toldo Risello e Rafael Cornelius. Professora orientadora Cintia Schneider e coorientadora, Carlete DalBello.
Por Juliane Rell/OJ
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