

Fatores psicológicos desempenham um papel importante na experiência da dor crônica
A relação entre dor crônica e sofrimento psicológico é complexa e multifatorial, envolvendo interações sensoriais, emocionais e cognitivas, além dos aspectos socioeconômicos. A dor crônica é uma experiência sensorial e emocional desagradável que pode ocorrer mesmo na ausência de dano tecidual atual, e é uma das principais causas de sofrimento humano em todo o mundo.
Fatores psicológicos desempenham um papel importante na experiência da dor crônica, como as experiências prévias de dor que o indivíduo possa ter vivido. A catastrofização da dor é um fator psicológico significativo que pode exacerbar a dor e o sofrimento associados, e envolve pensamentos negativos exagerados sobre a dor, que podem aumentar a percepção da mesma e contribuir para a sua cronificação. Ocorre um aumento dos sintomas depressivos e pode ser determinante para o curso crônico da depressão, trazendo um ciclo vicioso entre a dor e a depressão.
O estresse provocado pela dor crônica pode levar a alterações comportamentais e emocionais, pois a dor crônica é interpretada pela mente humana da mesma forma que outras emoções.
Sendo que a relação entre dor crônica e sofrimento psicológico é mediada por fatores emocionais e cognitivos influenciando na percepção da dor, associada a outros problemas de saúde, como a depressão, intervenções que visam modificar esses fatores psicológicos podem ser benéficas no tratamento da dor crônica e na redução do sofrimento associado.
De acordo com a literatura médica, a prevalência global de dor crônica é estimada em mais de 30% da população mundial. Essa estimativa reflete a carga substancial que a dor crônica impõe tanto em termos pessoais quanto econômicos.
Em países de baixa e média renda, a prevalência de dor crônica foi relatada como sendo de 33% na população adulta geral, com taxas mais altas observadas em populações idosas e trabalhadores. Além disso, a dor crônica em adultos jovens tem uma prevalência estimada de 11,6%, indicando que 1 em cada 9 experimenta dor crônica. Isso nos faz considerar a dor crônica como uma prioridade de saúde global, dada sua alta prevalência e impacto significativo na qualidade de vida e na capacidade funcional dos indivíduos, interferindo na sua produtividade.
A prevenção da dor crônica envolve uma abordagem múltipla que inclui intervenções não farmacológicas e farmacológicas. Abordagens não invasivas e não farmacológicas, como fisioterapia, perda de peso para osteoartrite do joelho e terapias comportamentais, são eficazes na melhoria da dor e da função. Exercícios aeróbicos, aquáticos ou de resistência são recomendados para pacientes com dor crônica secundária a osteoartrite e dor nas costas.
No contexto de dor pós-cirúrgica mal manejada, a dor crônica torna-se uma complicação comum, podendo ser prevenida com a inclusão de analgesia multimodal, com ênfase em analgésicos não opioides e anti-inflamatórios não esteroides. Os bloqueios nervosos e anestesia infiltrativa local têm impacto na dor pós-operatória. Medicações com maior potência analgésica como a morfina e derivados da cannabis sativa podem ser indicados, porém só devem ser prescritos por profissional habilitado no manejo de suas complicações.
Além disso, a avaliação do estado nutricional do paciente é muito importante para o controle das crises de dor, pois deficiências de vitamina D, vitamina C e Magnésio por exemplo, podem contribuir para distúrbios na percepção da dor. Dietas anti-inflamatórias e a correção de deficiências nutricionais podem reduzir a sensibilidade à dor.
Portanto, a prevenção da dor crônica requer uma abordagem integrada que combine intervenções comportamentais, farmacológicas e nutricionais, adaptadas às necessidades específicas de cada paciente.
A dor lombar crônica é uma das queixas mais frequentes no consultório médico, sendo indicado inicialmente tratamentos não farmacológicos, como exercício, reabilitação multidisciplinar, acupuntura, redução de peso corporal, terapia cognitivo-comportamental, entre outros.
As terapias como a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), massagem, manipulação espinhal e a neuromodulação também são mencionadas como opções com benefícios potenciais. Já no campo das medicações, os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são recomendados como primeira linha para dor lombar crônica, seguidos por tramadol ou duloxetina como segunda linha. Os analgésicos opioides devem ser considerados apenas em casos onde outros tratamentos falharam e após uma discussão cuidadosa dos riscos e benefícios com o paciente
Em resumo, o manejo da dor crônica deve ser individualizado, considerando a eficácia, os riscos e as preferências do paciente, com uma ênfase inicial em intervenções não farmacológicas e uma abordagem multimodal quando necessário.
Em Concórdia contamos com uma clínica de injetáveis, moderna e composta por profissionais com larga experiência, disponível para o tratamento e acompanhamento dessa e de outras condições de saúde: a ACTIV HEALTH, localizada no Edifício das Clínicas, 1º andar, juntamente com a COT-Concórdia. Entre em contato conosco pelo WhatsApp (49) 9 9953 6104 e agende sua consulta.
Confira as matérias que foram destaque